Pidróna
A festa Pedrona nasceu da brincadeira de dois rapazes folgazões a volta de uma pedra de grande porte situada junto à casa de uma senhora chamada Nha Txansa no Rabil. Segundo estórias contadas, ao correrem à volta da pedra, um dos amigos não consegui alcançar o outro, então este por sua vez resolveu pedir apoio a outros rapazes da zona para remover a famosa “Pidróna” do lugar e colocá-la num lugar estratégico. Esse acontecimento foi a volta do som de tambores, de koladera e de muito grogue.
E assim, a partir desta brincadeira, dava-se inicio para o surgimento de mais uma festa na Boavista, a “Festa da Pidróna. De seguida foi criada uma Comissão que se encarregou de preparar e organizar os festejos para o ano seguinte. E para dar um caracter menos profano, encimaram a pedra com uma cruz, à imagem da Cruz da Santa Cruz.
Infelizmente por alguns anos, devido a secas e crises, a festa caiu em desuso. Mas a partir dos anos de 1986 retomou-se os festejos da Pidróna, e desta feita para ficar e até os dias de hoje ainda ela é uma festa que continua viva na comunidade, ao som de tambores, coladeiras, brincadeira de Kola-Boi, onde uma pessoa veste-se de boi, imitando o animal, e quem for pego pela frente com chifradas do boi, a “vitima” é multada a pagar uma certa quantia em grogue. Uma outra personagem da festa é o Policia, onde um ou vários brincalhões da festa vestem-se de policia e este por sua vez tem o papel de prender os mais incautos, que para se livrarem das malhas da justiça, terão que pagar uma caução em grogue.